IMG_4358

Investir em florestas no Paraná é um bom negócio

Estado tem a cadeia produtiva mais completa do setor e, com a exportação, consome “da ponta ao pé da árvore”

Texto e foto: Grupo Paraná Wood

Nos últimos anos, o consumo de derivados de produtos florestais vem crescendo. E quem investe em plantio de florestas está ganhando. O Paraná é um exemplo disso.  As florestas plantadas no Estado e na Região Sul do Brasil , como um todo, são multiprodutos, com destinação em diferentes ramos e nichos de mercado, que vão desde a celulose, papel, geração de energia, chapas, chapas reconstituídas, móveis, molduras, construção civil, embalagem, higiene, medicamentos, nanotecnologia, alimentação, vestuário, entre outras.

E o produtor de árvores paranaense está numa situação ainda mais confortável, segundo o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Álvaro Scheffer Junior. “O Paraná tem a cadeia produtiva mais completa do Brasil. As indústrias paranaenses, voltadas em sua maioria para exportação, consomem da ponta ao pé da árvore. Assim, o produtor consegue dar destinação para seus produtos facilmente”, afirma.

Segundo Scheffer, o setor de árvores cultivadas vive um momento excepcional, “fora da curva”. Segundo ele, o momento cambial está favorável para exportações. Países estão buscando produtos derivados de madeira no Brasil e as indústrias brasileiras estão investindo, buscando novas áreas para o aumento de plantio de florestas, justamente para suprir a demanda da produção industrial. Mas reconhece que é um mercado cíclico. “Em 2018 foi um dos melhores anos para a produção de madeira. Já 2019, foi ruim. Em 2020, com a pandemia mundial, houve aumento assustador de procura por madeira”, disse.

Isso é explicado, segundo ele, pelo sistema construtivo dos Estados Unidos e Europa, que utilizam o Wood Frame (construção à base de madeira) em suas casas e alguns tipos de edifício. “Com a pandemia, esses mercados fizeram lockdown. Lá, eles têm o costume de fazer manutenção das casas sempre que podem. Ou seja, a construção civil americana e europeia veio buscar no Brasil sua matéria prima. O preço subiu muito até a base da floresta”, explica.

De olho nesse potencial, a Paraná Wood Florestal, empresa do Grupo Paraná Wood(GPW), está se preparando para entrar no mercado de construção civil. A cada área de floresta plantada em suas terras, em São Jerônimo da Serra, no norte do Estado,  a empresa vem reservando em torno de 90 do total de árvores por hectare para serem destinadas à movelaria e construção civil. “Isso significa selecionar algumas árvores e deixa-las em pé por mais tempo, cerca de 14 anos, já que esse mercado exige volume de tronco mais grosso e densidade maior”, explica o gerente da Paraná Wood Florestal, Douglas Mendes. O GPW cuida de cada floresta cultivada de forma única, com desenvolvimento de métodos próprios que fogem um pouco do tradicional. Um deles, é a divisão de cada floresta em glebas, que podem ter de 12 a 25ha. Cada gleba é observada atentamente e só são aplicados os insumos que realmente necessitam, reduzindo custos.O GPW acredita no potencial do Paraná, um dos mais competitivos do Brasil, e é um exemplo de case de sucesso em negócios ESG (sigla em inglês Environment, Social and Governance que avalia empresas de acordo com seus impactos e desempenho em três áreas: meio ambiente, social e governança corporativa). Nos últimos dois anos, a área de florestas plantadas pela Paraná Wood Florestal, teve um crescimento de 38% e soma hoje 1.460 hectares de floresta própria, com plantio, manejo e tecnologia empregados de forma personalizada em cada gleba. Com adubação, tecnologia e conhecimento, a produção de eucalipto na Paraná Wood Florestal chega 65 metros cúbicos por hectare ano. Ao final da colheita, a cada sete anos, totaliza 454.4 metros cúbicos por hectare.

Comments are closed.