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Como o Grupo Paraná Wood cresceu apostando na integração e diversificação

“Empreendedorismo é ver a oportunidade e aproveitá-la”, diz empresário

O médico João Luiz Garcia de Faria não precisava se preocupar com sol, chuva ou qualquer outra condição climática para ter sucesso nos negócios. Mesmo assim, viu uma oportunidade de investir na herança que recebeu do pai, uma fazenda em São Jerônimo da Serra, no norte do Paraná, e a transformou numa grande empresa. Ou melhor: em quatro empresas, reunidas sob a marca Grupo Paraná Wood.

A partir da fazenda que, no início, arrendou para a Klabin plantar eucalipto, Garcia de Faria percebeu que a lucratividade seria maior se a tivesse sua própria floresta. Plantou, gostou do resultado e adquiriu mais áreas. “Quando vi, tinha formatado uma grande floresta. Mas aí surgiu a dúvida: o que fazer com ela? Foi quando decidi agregar valor e montei uma indústria madeireira. Empreendedorismo é isso, ver a oportunidade e aproveitá-la”, conta.

A pecuária e agricultura vieram na sequência da floresta. “Eu já tinha a estrutura base para tocar a floresta e, com isso, surgiram as opções de diversificação e integração. Segundo ele, o agronegócio, hoje, precisa disso. “Com pecuária, floresta associada a pecuária, a agricultura associada ao confinamento da pecuária. Com isso, é possível ter uma retroalimentação de todo o sistema”, diz. Segundo ele, ver as possibilidades de atividades paralelas interligadas é outro exemplo do empreender. “O mais importante é que a base operacional é uma só. Então, o custo fixo é um só. Pode ter tranquilamente as outras atividades dentro de um processo. Analisei o que tinhas, e onde cabia agricultura, fui para agricultura; o que era área para pecuária fui para pecuária, o mesmo acontecendo com a floresta. Analisando a qualidade do solo, da geografia, clima”, explica.

Segundo ele, tudo deve ser estudado e planejado. “Essa é a melhor forma de empreender. Com organização, com tudo alinhado”.

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